O Congresso decide nesta segunda-feira (1º) quem irá presidir a Câmara dos Deputados pelos próximos dois anos. Entre as nove candidaturas apresentadas, duas têm mais força: a de Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (DEM-SP). Dos 16 deputados federais catarinenses, cinco declararam voto a Lira. Outros três apoiam a candidatura de Rossi, nome apoiado pelo atual presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Candidato do partido Novo, Marcel Van Hattem é apoiado pelo companheiro de partido, o deputado catarinense Gilson Marques. Três parlamentares se dizem indecisos e um prefere não declarar o voto.
Arthur Lira tem recebido apoio público do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para sua candidatura. Ele tem apoio dos partidos da base governista e promoveu um racha interno no PSL que também tem um candidato na disputa. Em seu primeiro mandato, o General Peternelli (PSL-SP) lançou uma candidatura independente.
O deputado Daniel Freitas faz parte de um grupo do PSL que assinou uma lista em defesa da candidatura de Lira em detrimento ao candidato do próprio partido.
— Eu confio na eleição do Arthur Lira. Ele reúne as condições que nós acreditamos que possam conduzir nos próximos dois anos para o caminho que o Brasil precisa — afirmou.
Já o deputado Coronel Armando (PSL) foi enfático ao defender o voto em Arthur Lira contra o candidato de Rodrigo Maia. Para o deputado, ao longo do mandato Maia tirou de discussão diversas pautas governistas como o debate sobre a carteira de estudante digital e a dispensa da obrigatoriedade para a publicação de balanços comerciais em jornais.
— É o candidato mais viável. Não que ele vá defender o governo, mas vai colocar em discussão as pautas do executivo — afirmou o deputado.
Lira esteve em Santa Catarina em janeiro. Na ocasião, o deputado defendeu ser necessária a votação do orçamento de 2021 antes de se discutir o auxílio emergencial. A fala aconteceu durante um encontro com deputados federais em um hotel de Florianópolis.
Na bancada catarinense, Baleia Rossi tem o apoio dos companheiros de partido e do deputado petista Pedro Uczai. Rossi esteve em Santa Catarina durante a campanha e se reuniu com deputados, senadores e políticos catarinenses. Em discurso a empresa, falou sobre benefícios durante a pandemia e a independência da Câmara dos Deputados.
Os deputados Carmen Zanotto (CIDADANIA), Geovania de Sá (PSDB) e Rodrigo Coelho (PSB) aguardam a reunião dos partidos ou ainda não definiram os votos. Já Fabio Schiochet (PSL) disse que não vai revelar sua preferência.
Licenciado do cargo legislativo, o deputado Peninha (MDB) reassume para votar. Mesmo com uma candidatura de seu partido anunciada — Fábio Ramalho (MDB-MG) — ele ainda não definiu o voto. Peninha, no entanto, é um conhecido apoiador do presidente Bolsonaro e pode seguir o voto da base governista.
O sucessor de Rodrigo Maia será definido em votação na segunda-feira (1º). A votação presencial será secreta e por sistema eletrônico. Para ser eleito, o candidato precisa ter a maioria absoluta dos votos no primeiro turno (257 votos). Caso a disputa vá para o segundo turno, concorrem os dois candidatos mais votados.
Além de Lira, Rossi, Hattem, Peternelli e Ramalho, outros cinco candidatos estavam na disputa até a manhã desta segunda-feira. Em seu sexto mandato, Luiza Erundina (PSOL-SP) criou um racha ao lançar a candidatura após seu partido apoiar Baleia Rossi.
Alexandre Frota (PSDB-SP), André Janones (Avante-MG) e Capitão Augusto (PL-SP) também estão na disputa.