Polícia Civil deflagra operação contra mulher acusada de perseguir padre da Diocese de Criciúma

A ação faz parte de um inquérito que investiga uma série de ataques e difamações sofridos por um padre de Nova Veneza.

Por Redação

A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), por meio da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) de Criciúma, cumpriu no início da tarde desta sexta-feira, dia 1°, em Imbituba, um mandado de busca e apreensão contra uma mulher suspeita de promover uma série de atos persecutórios, caluniosos e difamatórios contra um padre de Nova Veneza, vinculado a Diocese de Criciúma.

A medida foi autorizada pela Justiça após um pedido realizado pelo delegado Antônio Márcio Campos Neves, titular da 2ª DP. Conforme Neves, o padre, através do advogado Jefferson Monteiro, em junho de 2025, fez uma representação formal com base em provas robustas e indícios de crimes contra a honra, a integridade psíquica e a vida religiosa da vítima.

Condutas reiteradas 

Segundo o delegado, a acusada, há pelo menos um ano, procurou o sacerdote para aconselhamento espiritual, porém logo em seguida passou a demonstrar comportamento obsessivo, com mensagens insistentes, propostas afetivas e, posteriormente, ameaças veladas. Ao longo dos meses, os ataques teriam se intensificado, com exposição pública, difamações, divulgação de conteúdos adulterados e envolvimento de terceiros.

Entre as vítimas indiretas estariam familiares do padre, empresários e outros membros do clero, que foram citados em mensagens, vídeos e áudios de conteúdos fantasiosos, caluniosos e ofensivos.

Uma das milhares de mensagens enviadas pela mulher ao padre

Dez crimes identificados

Na representação criminal e nas manifestações posteriores, foram apontadas pelo menos dez infrações penais supostamente praticadas pela mulher. Entre os crimes estão stalking, calúnia, difamação e injúria, ameaça, falsa identidade, divulgação de comunicações privadas, perturbação da tranquilidade, falsidade ideológica e tentativa de extorsão.

O mandado de busca e apreensão teve como objetivo a coleta de provas digitais (como celulares, mídias, computadores e registros de mensagens), para aprofundar a investigação e assegurar a responsabilização penal da acusada.

A medida, segundo o delegado Márcio, foi considerada essencial para frear a continuidade das condutas e preservar a integridade psíquica e espiritual do sacerdote, que relatou sentir-se sob ameaça constante, tendo inclusive restringido sua presença em eventos públicos e celebrações religiosas.

Consultado, o advogado Jefferson Monteiro, que no ato representa o padre, disse que a operação de hoje representa um passo importante para recuperação da dignidade do sacerdote.
 

Desde o início deste processo, optamos por um acompanhamento silencioso, técnico e responsável. Foram meses de levantamento minucioso de provas, cruzamento de informações, escuta da vítima e articulação institucional, tudo de forma reservada.

A vítima, um sacerdote com sólida vida pastoral e reputação ilibada, foi alvo de uma campanha de perseguição intensa, que envolveu chantagens, ameaças veladas e o vazamento de conversas privadas manipuladas com o claro intuito de causar constrangimento público, abalo emocional e dano irreparável à sua imagem.

A operação de busca e apreensão representa um passo importante para a recuperação da sua dignidade, e para que a verdade seja restabelecida de forma completa e transparente.

Reiteramos que outras pessoas envolvidas nessa disseminação de conteúdo difamatório também serão responsabilizadas, civil e criminalmente. Nenhum dos envolvidos nesses atos ilícitos ficará à margem da responsabilização legal.

A paz, a tranquilidade e a dignidade do padre serão plenamente restabelecidas.


Com as apreensões realizadas hoje, o delegado espera finalizar o inquérito nas próximas semanas e, consequentemente, remeter ao poder judiciário.

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