Pais denunciam superlotação no Hospital Materno-Infantil Santa Catarina

Espera para o atendimento pode ser superior a cinco horas.

Por Tcharlles Fernandes


Localizado no bairro Operaria Nova, em Criciúma, o Hospital Materno-Infantil Santa Catarina (HMISC), conhecido por ser referência no atendimento infantil na região sul do estado, vem, mais uma vez, sendo palco de superlotação e de uma série de problemas relatados pelos pais e responsáveis que dependem do serviço público de saúde.

Entre as dificuldades denunciadas está, principalmente, a demora no atendimento. A unidade admite a superlotação e destaca que “não é negado atendimento a qualquer paciente” que busca o hospital.

Fabio da Silva é pai de uma criança de três anos e cinco meses. Ela havia sido diagnosticada com início de bronquiolite na semana passada e foi levada novamente para o HMISC com febre e cansaço.

Cheguei aqui às 8h15min, esperei até às 13h20min para ser atendido. Minha filha está sendo medicada. Não tem como ficar lá dentro daquela sala de medicação, não tem espaço, para tomar o remédio tem que ficar no corredor, disse Fábio.

Já uma mãe que não quis se identificar relatou à reportagem que estavam misturando crianças com outros problemas de saúde.

Tem muita criança no corredor, até o cheiro está estranho. No quarto em que estávamos tinha criança com Covid, tudo misturado. Minha filha chegou aqui com uma infecção e agora a menina já gripou. Tá um inferno, diz a mãe.

UPAs lotadas

Devido à superlotação no HMISC, muitos pais estão buscando auxílio nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do bairros Rio Maina e Próspera, fazendo com que as UPAs também fiquem lotados.

Na segunda-feira, dia 11, os pais de uma menina de nove meses procuram a UPA do Rio Maina para que a criança fosse atendida, porque o HMISC estava lotado. A médica que atendeu a criança, que estava com bronquiolite, receitou um xarope para a menina e liberou a paciente. Na tarde desta sexta-feira, dia 14, a criança morreu em uma creche no bairro Santa Luiza. A causa da morte está sendo investigada.

Atualmente, o HMISC é gerido pelo Governo do estado. A Secretaria de Saúde foi procurada para se manifestar sobre o caso, porém até o momento não emitiu nenhum parecer. O espaço segue aberto.

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