
Moradora de Criciúma, a empresária Nazarete Masiero, de 61 anos, será submetida ao Tribunal do Júri no próximo dia 11. Conforme o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a mulher teria mandado executar o próprio marido após descobrir uma suposta relação extraconjugal da vítima.
O crime ocorreu no dia 23 de fevereiro de 2014, quando o esposo da acusada, Reni Carlos Masiero, de 51 anos, foi assassinado após ser alvo de quatro tiros no interior de Siderópolis, onde morava.
O MPSC narra que, em conluio com Vânio Carminati, na época dos fatos com 35 anos e Ademir Bernardo, com cinco anos a menos que Carminatti, Nazarete planejou e deu a ordem para que Ademir matasse Reni.
Segundo as investigações, Carminatti devia à vítima mais de R$ 100 mil decorrentes de negócios entre ambos.
Sabendo que a intenção de Nazarete era matar a vítima devido à suposta traição, Vânio que não tinha intenção de pagar Reni, sugeriu que a vítima fosse executada, o que foi prontamente aceito por Nazarete. De acordo com a Polícia Civil (PC), para assassinar Reni, Ademir recebeu R$ 1.500.
A vítima foi executada durante a noite em sua residência, em um sítio localizado no bairro Rio Jordão. O crime só foi descoberto na manhã seguinte aos fatos.
Pela frieza, o homicídio chocou toda região carbonífera. Reni, popularmente conhecido como “Marronzinho”, tinha quatro filhas.

Em decorrência do crime, Nazarete e Vânio ficaram presos por menos de um mês, em maio de 2015. Com a soltura de Ademir, que tinha sido preso em 2014 e permaneceu recluso por pouco tempo, todos os três envolvidos no assassinato estão soltos há mais de 10 anos.
Atualmente, Nazarete mora em um apartamento de luxo no Centro de Criciúma, próximo ao Metropolitan Business Center (apenas referência). Procurada pela reportagem, a acusada não quis se manifestar sobre as acusações.

O julgamento do caso pelo Tribunal do Júri ocorre no próximo dia 11, às 9h, no Fórum da Comarca de Criciúma, no bairro Minalese. Se condenados, a pena dos acusados pode ultrapassar 20 anos de reclusão, incialmente em regime fechado.

Para garantir a segurança de todos os envolvidos, o juízo determinou medidas de proteção para as testemunhas, incluindo a inquirição sem identificação de imagem ou voz. Além disso, a sessão contará com a presença de dois oficiais de justiça, um técnico de suporte em informática e seis policiais militares para assegurar a ordem dos trabalhos.