Depressão em policiais militares: uma possível decorrência das atividade laborais

Uma das áreas profissionais mais perigosas, física e mentalmente.

Por Tcharlles Fernandes

Policiais, em todo o mundo, constituem uma das categorias de trabalho com maior risco de vida e de estresse. No caso específico dos policiais militares, o nível de estresse tem sido apontado como superior ao de outras categorias profissionais, não só pela natureza das atividades que realizam, mas também pela sobrecarga de trabalho e pelas relações internas à corporação cuja organização se fundamenta em hierarquia rígida e disciplina militar.

Tais características estruturantes tornam a instituição resistente a
mudanças e repercutem na saúde física e mental dos servidores. Destacam-se, ainda, como fontes geradoras de estresse, as relações, por vezes, tensas e conflituosas dos policiais com o Sistema de Justiça e com o público a quem atendem.

As condições de saúde e de trabalho tendem a ser extremas, pois eles lidam com elevados índices de criminalidade de grupos organizados de criminosos armados. Os constantes riscos a que o policial militar se expõe em função do
exercício da sua profissão, geralmente, levam a sentir medo, por si mesmo e por sua família, tanto de ser reconhecido como agente da segurança nos períodos de folga do trabalho, quando aumenta seu risco de vitimização, como de ser agredido e morto no desempenho das suas funções.

Esse medo é uma forma de defesa do corpo e do espírito dos que vivem sempre alerta aos perigos. No entanto, quando o estado de tensão e o desgaste físico e emocional são constantes, eles podem gerar diversos prejuízos à saúde e à qualidade de vida, dentre eles, estresse e sofrimento psíquico.

Preocupante

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que aproximadamente em todo o mundo 160 milhões de pessoas adoecem por males coligados ao trabalho por ano. Destes, 22 milhões chegam a óbitos todos os anos por decorrência de doenças laborais e acidentes causados pela precariedade na atmosfera do trabalho. Dentro das enfermidades que causam o afastamento ou falecimento do profissional, encontram-se os transtornos mentais que causam sofrimentos psíquicos, entre outros, tem-se, a depressão, ansiedade e síndrome do pânico.

O início

Os policias são influenciados o tempo todo por diversos fatores negativos que geram depressão, estresse, ansiedade, etc. O cansaço físico e mental e a falta de equilíbrio emocional conduzem esse profissional a assumirem, em alguns momentos, atitudes inconsequentes durante situações confusas. Com essa realidade o desempenho do policial poderá ser comprometido expondo ainda mais a vida do militar e da população a um perigo em potencial.

Além do perigo potencial que a prática do policial acarreta para si mesmo e a população, a morte é uma realidade constante na vida desse profissional, visto que o mesmo precisa lidar com a morte das vítimas, dos bandidos, dos companheiros de farda e com a possibilidade de sua vida ser ceifada a qualquer momento durante o confronto.

Existe saída 

Na profissão policial é de grande importância que a sociedade "abrace" o trabalhador, já que o Estado os vê apenas como números de matrículas. É fundamental que o policial tenha um ambiente familiar saudável e horas para descanso e lazer, pois, isto melhora bastante a qualidade de equilíbrio mental, já que atividade exercida é tão perigosa e estresante. 

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