A vereadora de Criciúma Giovana Mondardo (PC do B) se tornou ré em um processo criminal movido pelo ex-secretário de Assistência Social de Criciúma, Bruno Ferreira.
Em 2024, durante entrevista para uma rádio local, a vereadora se referiu ao secretário como “capitão do mato”, em alusão à sua atuação no episódio envolvendo o então prefeito Clésio Salvaro e uma pessoa em situação de rua.
Na época, Ferreira registrou um boletim de ocorrência e, neste mês, a justiça aceitou a denúncia contra a parlamentar.
A expressão, historicamente associada à figura que, no período da escravidão, perseguia e capturava pessoas negras foragidas, foi considerada pelo ex-secretário como ofensiva e de conotação claramente racista, o que motivou a ação judicial.
Com o recebimento da denúncia, o caso avança agora para a fase de instrução processual. Se condenada, a vereadora poderá sofrer pena de reclusão de 2 a 5 anos, além de multa e restrições a frequentar locais públicos de eventos, como estádios, teatros, shows e outras atividades culturais ou esportivas, pelo período de até três anos, conforme previsto na legislação.