Ocorrências de som alto comprometem o trabalho da PM em Criciúma

Às 0h17min da madrugada deste domingo (29) eram 21 ocorrências simultâneas de perturbação do sossego na cidade. Agora, às 0h56min, são 12.

Por Tcharlles Fernandes

Entre os meses de janeiro e julho, foram registradas cerca de 3.000 ocorrências de perturbação do sossego alheio em Criciúma, geralmente provocadas por som alto e algazarra.

Reclamações dessa natureza lideram os chamados na Central Regional de Emergência (CRE) da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC). Nesse cenário, policiais militares do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM) são empenhados para esses atendimentos durante boa parte da jornada de trabalho.

Analisando os números, em comparação ao mesmo período de 2020, houve um aumento de quase 10% em ocorrências desse tipo no município. A maioria desses casos acontece nas sextas e sábados, com a média de 20 ocorrências diárias geradas simultaneamente no período das 22h às 03h.

Além disso, recursos materiais e humanos têm sido empregados com a finalidade de mediar uma situação entre vizinhos, que seria facilmente resolvida pelo bom senso e respeito à coletividade. Os índices apontam que, ao empenhar a PM em atendimentos desse gênero, a atuação em ocorrências mais graves e o policiamento preventivo deixam de ser realizados de maneira mais efetiva na cidade.

"Falta bom senso, as pessoas levantam os seus direitos mas não se dão conta dos deveres também. Tem que ter educação, saber viver em sociedade. A gente nem questiona, se tiver mil ocorrências vamos atender as mil, mas a polícia fica que nem barata tonta indo e voltando das casas", disse um policial. 

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