Moradores em situação de rua causam insegurança e medo no bairro Pinheirinho

Comerciantes se queixam de situação que parece não ter fim e só se deteriora a cada dia. Desde a sujeira nas ruas, os furtos e a abordagem a pedestres pedindo esmolas, são alguns dos piores reflexos.

Por Tcharlles Fernandes
Moradores em situação de rua descansando em um galpão.  

Nas proximidades do Fort Atacadista (apenas referência), muitos moradores em situação de rua vêm causando transtornos a quem passa pelo local ou mora na região do bairro Pinheirinho, em Criciúma. O problema com a população de rua no bairro com maior índice de furtos na cidade, só aumenta. Além disso, a sujeira e as abordagens por pedido de esmolas (as vezes com tom ameaçador) incomoda e causam medo.

Lixo pelas ruas, pelos canteiros, brigas, algazarras, furtos em empresas e residências, são problemas que ocorrem na região diariamente.

A situação que parece não ter fim, vem se agravando.

Já liguei para polícia inúmeras vezes, mas nada acontece. Eu não deixo meu filho pequeno sair na rua, por vários motivos. Aqui, a gente vê de tudo. Sexo ao ar livre, no mato, discussões, ameaças, etc. Pra você vê o absurdo, tem um morador de rua travestido de mulher que fez do mato próximo ao Fort um motel. Aquele local, além dos atos obscenos, é de conhecimento público que serve como rota de fuga para marginais que furtam bicicletas e demais objetos, escondendo na vegetação até o cair da noite para trocarem por drogas na região do trilho. As autoridades nada fazem, e a quantidade de desabrigados e usuários de drogas nessa região só aumenta, disse um morador.

Galpão que serve como abrigo para moradores em situação de rua. 

O Portal Melhores Publicações, em conjunto com o Canal Criciúma, esteve no local e acompanhou a movimentação dos usuários durante uma tarde. A situação de alguns indivíduos, que se alojam debaixo de uma ponte na Avenida Centenário, às margens do Rio Criciúma e em um mega galpão abandonado ao lado do Fort, mais parece servir como esconderijo para objetos que são furtados na localidade durante a madrugada, do que como propriamente moradia às pessoas em situações de rua. No galpão, onde funcionava uma antiga fábrica, diversos objetos furtados são vistos jogados no chão.

Somos viciados. Aqui só tem ladrão e usuário de crack. Eu já fui preso muitas vezes e vou continuar sendo, nada muda. Pode filmar, mostrar o que quiser. Em uma semana ninguém mais vai se lembrar e continuaremos na vida louca, falou um usuário que mora no galpão.

A reportagem entrou em contato com o Secretário de Assistência Social e Habitação de Criciúma, Bruno Ferreira, que até o momento não se manifestou. O espaço segue aberto.

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