Após ser solto, Clésio Salvaro pode ter descumprido medida cautelar imposta por Desembargadora

O registro fotográfico entre os denunciados foi feito logo após Clésio deixar a prisão.

Por Tcharlles Fernandes
Clésio Salvaro e Daniel Antunes juntos.

Clésio Salvaro (PSD), prefeito de Criciúma, afastado das funções por determinação judicial, pode, em tese, ter descumprido uma das medidas cautelares diversa da prisão.

Na decisão que revogou a prisão de Clésio e de outros 16 denunciados envolvidos nas operações que investigam supostas irregularidades na Central de Serviços Funerários de Criciúma, a desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Scheffer, do Tribunal de Justiça de Santa (TJSC), impôs algumas condições para que a prisão preventiva dos presos fosse revogada, entre as quais a proibição de ter qualquer forma de acesso ou contato entre os denunciados.

Suposto descumprimento

Ao chegar em Criciúma, por volta das 22h dessa quinta-feira (26), Clésio Salvaro, que estava preso em Itajaí, foi recebido por diversos apoiadores na Rua da Gente. No evento, estava o vereador Daniel Antunes (UB), que também foi denunciado no mesmo processo.

No dia 05 de agosto, quando foi deflagrada a Operação Caronte, por ordem da desembargadora Cinthia, Antunes foi afastado das suas funções por 180 dias. Além disso, em desfavor do vereador foi imposta a proibição de frequentar órgãos públicos e também a proibição de manter contato com outros denunciados.

Contrariando à decisão, ambos os denunciados foram fotografados juntos.

A assessoria do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) foi contactada para se manifestar sobre o caso, porém até o momento não emitiu nenhum comunicado. O espaço segue aberto.

Decisão que impede que Daniel mantenha contato com outros denunciados.

 

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