Deputados de Criciúma não votam em requerimento de urgência para suspender decreto de aumento de impostos proposto pelo governo Lula

Dos parlamentares de Santa Catarina aptos a votar, só os deputados Daniel Freitas, Ricardo Guidi (ambos do PL) e Ana Paula Lima (PT) que não votaram.

Por Redação

A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira, dia 16, por 346 votos a 97 o requerimento de urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 314/2025, que revoga o decreto do governo que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Agora, a proposta pode ser votada no plenário a qualquer momento.

Os deputados federais Daniel Freitas e Ricardo Guidi, ambos do PL, não votaram.

Houve um erro de comunicação interno. O deputado já estava no aeroporto pronto para ir pra Brasília e a chefe de gabinete afirmou que as votações seriam semipresenciais, ou seja pelo infoleg. Ele foi surpreendido com a reunião de Líderes e que haviam colocado este requerimento de urgência na pauta. Hoje foi apenas o requerimento de urgência. Evidentemente que quando entrar o mérito, ele votará para derrubar o aumento do IOF. A Secretaria-Geral informou que não há previsão do presidente pautar, disse a assessoria de Daniel Freitas.

O deputado Ricardo Guidi também foi procurado para se manifestar, mas até o momento não respondeu a reportagem. O espaço segue aberto.

Derrota para o governo

A aprovação é uma derrota para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). O petista articulou a medida para aumentar a arrecadação e evitar novas restrições no orçamento de 2025.

Só a federação formada pelos partidos PT, PV e PC do B orientou voto contra. O líder do Governo, José Guimarães (PT-CE), liberou a bancada. Os partidos União Brasil, PP, PSD e PDT, que têm 8 ministérios, votaram a favor da urgência.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautou a urgência após o Executivo publicar uma Medida Provisória (MP) que aumentou mais impostos e um decreto que revogou parte do reajuste do IOF, não sua totalidade. Houve insatisfação no Congresso.

Entre as medidas da MP, o Executivo quer taxar investimentos hoje isentos, como a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e a LCI (Letra de Crédito Imobiliário).
 
Veja como votaram os deputados federais de SC:

Por estar de licença maternidade, a deputada Júlia Zanatta (PL) não votou

Atualização: 23h42

Em contato com a reportagem, o deputado Ricardo Guidi disse que teve um problema de saúde e, por conta disso, não viajou para Brasília (DF). Além disso, o parlamentar ressaltou que na discussão do mérito, votará a favor do projeto.

Recomendados para você

Site de cunho esquerdista é condenado a pagar indenização a deputada Júlia Zanatta

Site de cunho esquerdista é condenado a pagar indenização a deputada Júlia Zanatta

A decisão foi proferida na tarde dessa quarta-feira.

Nome de Júlia Zanatta ganha força para concorrer ao Senado em 2026

Nome de Júlia Zanatta ganha força para concorrer ao Senado em 2026

Lideranças políticas do Sul de Santa Catarina manifestaram apoio à deputada criciumense.

Candidato a prefeito de Criciúma chama de canalha empresário que denunciou irregularidades na Central Funerária do município

Candidato a prefeito de Criciúma chama de canalha empresário que denunciou irregularidades na Central Funerária do município

A declaração de Vagner Espíndola foi interceptada pelo Gaeco durante as investigações que apuram crimes de corrupção e fraude à licitação na Central Funerária de Criciúma.