Delegado Ulisses Gabriel anuncia oficialmente pré-candidatura a deputado estadual

Na tarde de ontem, dia 6, em Florianópolis, o delegado Ulisses Gabriel anunciou oficialmente...

Por Tcharlles Fernandes

Na tarde de ontem, dia 6, em Florianópolis, o delegado Ulisses Gabriel anunciou oficialmente sua pré-candidatura a Deputado Estadual. ''Dei um passo a mais em minha história de desafios: Transferi o cargo de Presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Santa Catarina ao competente Dr. Artur José Regis Neto (na imagem, à esquerda) para me lançar oficialmente pré-candidato a Deputado Estadual em Santa Catarina.

Esta decisão é fruto de uma construção pessoal com o apoio de muitas pessoas que ajudaram a formar meu caráter. Sei da importância do ano de 2018 na vida de todos nós e estou seguro para enfrentar o que for necessário. Precisamos de força, união, honestidade e coragem, por isso é hora de transformar a política com renovação. Não podemos mais sermos dominados por pessoas que representam o velho modo de agir na política, é hora de todos que queremos o novo avançarmos juntos.

Em 19 de agosto de 1982 nasci na cidade de Turvo, em Santa Catarina. Sou filho de uma professora, Rosa Maria Casteller Gabriel, e de um caminhoneiro, Vinício Gabriel. Nós tivemos uma vida dura. Logo no início da nossa vida em família, meu pai vendeu o caminhão e constituiu a primeira pizzaria da região, a qual ainda recebe os muitos amigos e clientes com carinho.

Por conta dos que participaram da minha infância, aqui agradeço as boas pessoas que ajudaram a me criar, a Dona Porcina, a Benda e a Dar. Em 1989, aos 7 anos de idade, tive contato com meu primeiro trabalho: eu levava as contas dos clientes às mesas, recolhia os pagamentos e devolvia o troco. Quando estava muito cansado, dormia em uma caminha de madeira que ficava na cozinha da pizzaria. Só não passamos fome.

Até o Fusquinha que tínhamos foi vendido no auge de crise. Certo dia, um galo de ferro que ficava em uma prateleira caiu na minha cabeça, naqueles tempos difíceis, nem carro tínhamos para eu ser levado ao hospital. Graças ao Xiroca, nosso vizinho, (poderia falar de todos os vizinhos e amigos que nos foram solidários), que emprestou seu Fusca verde, não morri.

Lembro que, em 1994, minha mãe teve que fazer uma licenciatura plena, de férias, em Ijuí. Com isso, um peso enorme caiu em minhas costas naquele tempo. Comecei a cuidar da cozinha da pizzaria, fazer as refeições da casa e a cuidar do meu irmão, o Jaison, à época com cinco anos de idade. Eu também era um menino, recém-iniciado na adolescência, vindo de uma infância em que pouco brinquei.

Sofri, chorei e pedi a Deus muitas vezes, pedindo que o tempo passasse rápido. Aos 14 não tinha uma camisa para ir no primeiro baile. Peguei uma única que meu pai tinha para ir em casamentos.

A vida dura, muito dura mesmo (quem conviveu naquele tempo sabe), não me desanimou, mesmo tendo sido humilhado por não ter dinheiro ou uma casa de praia. Pelo contrário, busquei forças e tracei um propósito: cursaria direito e passaria no tão sonhado concurso para juiz, espelhando-me no amigo de escola de minha mãe e nosso conterrâneo, Dr. Eladio Torret Rocha, pessoa que teve uma vida ainda mais dura que a minha.

Aos 16 anos passei em meu primeiro vestibular para direito e, aos 17, já estava cursando a faculdade, onde tive a honra de ser reconhecido como o melhor aluno da Unisul de Araranguá daquele ano, o que fez com que eu ganhasse uma bolsa de estudos. Foi também por meio disso que consegui dinheiro para fazer minha carteira de habilitação e comecei a pagar o consórcio daquele que seria meu primeiro carro, adquirido quando eu tinha 20 anos de idade.

Na faculdade, fui presidente do DCE e aprendi muito com os colegas, uns da minha idade, outros quase pais para mim. Lembro sempre dos meus parceiros de ônibus, Van e de carro, em especial o meu amigo Neguinho D’estefani, com quem eu ía de carona para a faculdade.

Junto com os estudos, continuava na pizzaria para ajudar minha mãe, ao mesmo tempo que tive uma das maiores oportunidades da minha vida: fazer estágio voluntário no Fórum de Turvo, graças a uma pessoa incrível chamada Ivone Angeloni, escrivã.

Lá também aprendi muito, em especial com um homem chamado Paulo Afonso Rovaris que, mesmo aposentado e pelo amor ao trabalho, continuava na labuta. Em meio a todos aqueles servidores aprendi muito, mais uma vez. Virei bolsista, estagiário e assessor de um grande magistrado, Dr. Roberto Fávero, com quem tive o prazer de trabalhar.

Em 2005, aos 22 anos, conquistei o título de bacharel em direito, com o sonho de ser Juiz de Direito. Contudo, minha vida deu uma guinada. Fiz concurso para Delegado de Polícia por indicação do Delegado de Turvo, Dr. Diego Archer de Haro. Em 2006, passei no concurso para Delegado, aos 23 anos. Profissão que me veio como uma verdadeira paixão.

Ainda aos 23, numa manhã de agosto, virei professor da Unisul a convite dos amigos, Dr. Lester Camargo e Dr. Fábio Zabot. Minhas mãos tremiam no primeiro dia de aula. Lecionei para vários alunos, alguns com idade para serem meus pais e mães.

Diante do desafio de ensinar, aprendi com a vida que ainda havia muito a aprender. De lá para cá, hoje, mais maduro, vi que cometi muitos erros, mas as experiências de vida nos transformam - vai de nós termos a humildade de nos reconhecermos falhos e entender que o aprendizado é constante.

Como Delegado, comecei a exercer a profissão durante o período de um mês na Delegacia da Criança, Adolescente e Proteção à Mulher e ao idoso. Aqui, lembro da recepção que tive por parte do Dr. Jorge Koch e, em especial, dos colegas Dr. Vítor Bianco Júnior e Airton Ferreira, os quais trabalhavam na Central de Polícia de Criciúma e me receberam como irmão e filho. A eles devo muito.

Em seguida fui atuar em Orleans, cidade que havia escolhido após o fim da Academia de Polícia. Lá, conheci várias pessoas, mas uma abriu as portas para que eu conhecesse o amor da minha vida, Thayni da Silva Librelato. Em 24 de abril de 2008 fui visitar a empresa Librelato por conta de um roubo. Quando conversava com o presidente, José Carlos Librelato, o Lussa, passou uma jovem que, na minha cabeça, apenas trabalhava no local. Foi amor à primeira vista. Eu não sabia que aquela mulher era filha do Lussa, mas notei que ele não gostou da troca de olhares. No mês seguinte, Thayni e eu nos conhecemos, já no outro, começamos a namorar. Em 2009 noivamos e, em 2010, casamos.

No ano de 2013 passamos por um momento muito impactante: Lussa faleceu, eu o tinha como inspiração, minha esposa, enquanto filha, não haveria palavras para descrever tudo que sentiu. Ele sempre me dizia uma frase que nunca esqueci: pessoas boas têm que entrar na política. Durante muito tempo não dei atenção especial ao assunto, porém, sempre refleti sobre, pois, no fundo, concordava, mas não me via fazendo parte desse mundo.

Ao longo de minha caminhada também fui professor da nossa gloriosa Unibave e me dediquei ao meu trabalho de Delegado, profissão pela qual me apaixonei, pois vi que na Polícia também é possível fazer justiça e defender as vítimas de crimes contra todas as espécies de violência.

Passei por várias delegacias em Orleans, Criciúma e Araranguá. Fui Delegado Regional de Tubarão e, em 2015, me elegi presidente da Associação dos Delegados de Santa Catarina e, em 2017, fui reeleito por aclamação pelos colegas delegados da Adepol.

Em 2017, mais um ano marcante: nasce nossa Maria Eduarda, luz de nossas vidas, irmã do nosso “filho” adotivo, o cãozinho Marley, com quem, juntamente com a Thayni, vejo que a felicidade está nas pequenas coisas. A distância dos momentos de felicidade por conta do trabalho doem, e sinto que pela minha família posso trocar tudo o que conquistei, pois, com as experiências que tive, aprendi que para o túmulo não levamos nada. Mas as conquistas que nos são verdadeiras de alguma forma permanecem.

Com o amadurecimento e estimulado por aquela ideia do meu falecido sogro, por pessoas que desejam o bem coletivo, pela minha família, quero buscar melhorar a vida das pessoas, não apenas como Delegado de Polícia ao defender as vítimas dos criminosos. Quero fazer mais.

Quero ir para o lado da mesa em que minhas ações na área da segurança possam atingir mais gente. Sinto que tenho ferramentas para deixar um legado de mais segurança, mais educação, mais tecnologia, pelo fim da pesada carga tributária, por uma renovação política, pelo fim do auxílio moradia dos deputados, por mais eficiência e menos burocracia, por mais apoio ao transportador, por mais desenvolvimento para nossas cidades e por mais respeito aos direitos de quem realmente trabalha por Santa Catarina e aos que a querem bela e segura para todos.

Tudo isso motivado pelos aprendizados que tive em Turvo, onde nasci, em Orleans, onde resido, para estender este sentimento ao maior número de cidades possível em Santa Catarina, pois sei que muitas pessoas desejam o mesmo por todo estado.

Depois de ter me tornado pai e diante das responsabilidades que isso exige, quero deixar um legado de mais ética para minha filha, para as filhas e filhos de todos que conviverão e convivem em nossa sociedade, em especial Santa Catarina, mãe de nossas cidades.

Por isso, estou diante de mais um desafio: Me lanço pré-candidato a Deputado Estadual.

Quero agradecer verdadeiramente a todos e a todas que sempre me apoiaram em todas as dificuldades. Não teria condições de citar todos os nomes, mas vocês sabem muito bem a importância que tem para mim. Em nome da minha mãe, Rosa, da minha esposa Thayni, e da minha sogra, Adecir, também professora, lembro de todas e todos.

Há duas frases que me inspiram: “Vivemos com o que recebemos, mas marcamos a vida com o que damos”, de Churchill; e “É triste falhar na vida, porém, mais triste ainda, é não tentar vencer”, de Roosevelt.

Concordo com eles, por isso o desafio está mais uma vez lançado, com gratidão e respeito por todas as pessoas que estão juntas comigo neste caminho. Desejo a nós saúde, força e união'' relata o pré-candidato.

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