Estudantes de escola pública são alvos de racismo em colégio particular de Criciúma

O caso está sendo investigado.

Por Tcharlles Fernandes

Um grupo de estudantes da Escola Municipal de Educação Básica Professora Maria de Lourdes Carneiro, do bairro Vila Francesa, foram vítimas de racismo no Colégio Michel, após participarem de um amistoso na última segunda-feira, dia 11. O vídeo passou a circular em diversos grupos de WhatsApp de Criciúma nesta sexta-feira, dia 15.

Pessoal do amistoso, eles tavam tipo pulando assim né, aí a Maria Clara assim ó, já são preto, ainda ficam fazendo macaquice, conta uma estudante rindo da situação.

Após tomar conhecimento dos fatos, o Colégio Michel, emitiu uma nota de repúdio sobre o ocorrido. Confira abaixo.

O Colégio Michel, como instituição educacional protetora dos direitos das crianças e adolescentes, que tem como missão "educar com amor para o desenvolvimento integral do ser humano" e como princípio pedagógico "educar para a vida, fazendo com que o estudante se desenvolva em todos os sentidos", vem a público manifestar seu total repúdio ao lamentável fato ocorrido na data de 11 de novembro de 2024, que envolveu duas de suas estudantes, em um amistoso de voleibol com alunos de outra instituição.

Na ocasião, após o amistoso, uma das alunas envolvidas postou, em sua rede social, um vídeo discriminatório contra alunas da outra escola, proferindo palavras de cunho injurioso e racista. Tão logo tomou conhecimento do fato ocorrido, o Colégio Michel adotou todas as providências disciplinares cabíveis para com suas alunas, incluindo a retratação formal junto às alunas que foram ofendidas.

Destaca-se que, muito embora, a retratação seja o mínimo a ser feito sobre o caso, ela não resolve o problema dos atos discriminatórios proferidos a quem quer que seja. É inaceitável que, até os dias atuais, existam casos como o ocorrido. Infelizmente, inferiorizar o outro por conta da cor de sua pele ainda é caso recorrente em nosso país.

Assim, o Colégio Michel entende que, não basta apenas punir, mas - e principalmente - conscientizar e educar para que essas situações não mais ocorram. A escola explora, cotidianamente o assunto a seus alunos, responsáveis e colaboradores, por intermédio de palestras e inserção do tema em suas práticas pedagógicas diárias, reafirmando seu compromisso com uma sociedade livre do preconceito.

Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia da Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), em Criciúma. O caso será investigado.

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