Outubro Rosa reforça importância da prevenção e do diagnóstico precoce

Campanha alerta para a realização da mamografia anual e para os hábitos de vida que reduzem os riscos do câncer de mama.

Por Redação


“Com toda a certeza minha vida teve um outro recomeço após o câncer. Passei a me valorizar, amar mais, viver coisas que nunca havia vivido. Hoje eu paro e dou valor até nos pingos de chuva. A minha fé cresceu muito mais.” O depoimento é de Maria Angela Ghilarde, que, aos 52 anos de idade, enfrentou o câncer de mama e também viu a mãe, Irma Ferreira Rodrigues, receber o diagnóstico da doença aos 73 anos de idade.

“Ela descobriu o câncer quando eu estava terminando a radioterapia. Um tipo diferente do meu. O dela não foi tão severo, mas mesmo assim vem a preocupação devido à idade. Consegui passar o máximo de segurança para ela e para toda a família”, relata.

Angela reforça que o diagnóstico precoce fez toda a diferença e deixa um recado de coragem às mulheres que passam pelo mesmo processo: “Se amem, se cuidem. O diagnóstico precoce salva. O câncer não é um ponto final em nossas vidas, e sim uma vírgula onde a história continua”, enfatiza.

Quem procura, acha cedo

O movimento Outubro Rosa, criado no início da década de 1990 em Nova York, nos Estados Unidos, ganhou o mundo e hoje é um dos principais símbolos da luta contra o câncer de mama. Mais do que promover ações educativas, a campanha tem como objetivo central conscientizar as mulheres para que, assim como Angela, realizem os exames e descubram o câncer o mais cedo possível.

A ginecologista e mastologista, Beatriz Serafim Althoff Rocha, reforça que o rastreamento deve ser feito com mamografia anual a partir dos 40 anos de idade em mulheres de risco habitual. “Quem procura, acha cedo. As taxas de cura giram em torno de 95% quando o diagnóstico é precoce”, ressalta.

A Cliniimagem oferece exames essenciais para o diagnóstico de câncer de mama, incluindo Mamografia Digital, Ultrassonografia e Ressonância Magnética. Além disso, a clínica também realiza Biópsias/Punções para a análise celular de lesões suspeitas.

Mamografia é exame padrão-ouro

A mamografia continua sendo o exame mais eficaz no rastreamento. A radiologista da Cliniimagem, Rafaela Bonassa, explica que ele permite identificar lesões antes mesmo de sinais clínicos, quando os nódulos ainda não são palpáveis. “Isso possibilita tratamentos menos agressivos e com maior chance de cura”, cita.

Recentemente, o Ministério da Saúde passou a recomendar o acesso à mamografia, via Sistema Único de Saúde (SUS), para mulheres de 40 a 49 anos,  mesmo que não haja sinais ou sintomas de câncer de mama. A faixa etária concentra 23% dos casos da doença, e a detecção precoce aumenta as chances de cura.

Outra medida anunciada é a ampliação da faixa etária para o rastreamento ativo, quando a mamografia é solicitada de forma preventiva a cada dois anos. A idade limite, até então, era 69 anos. Agora, passa a ser 74 anos. Dados do ministério revelam que quase 60% dos casos de câncer de mama estão concentrados entre 50 e 74 anos.

Também radiologista da Cliniimagem, Rafaella Guglielmi Spillere Búrigo, reforça que, além de ser feito anualmente a partir dos 40 anos, o exame precisa ser realizado dez anos antes do diagnóstico do parente mais próximo nos casos de risco elevado, nunca antes dos 30 anos. “O procedimento é rápido, dura de 10 a 15 minutos, e a compressão, embora possa causar desconforto, é fundamental para a qualidade da imagem”, explica.

Entre os mitos mais comuns, Rafaella destaca o medo da radiação. “A dose utilizada é muito baixa e não oferece riscos. Outro mito é acreditar que a compressão pode causar lesões ou câncer. Isso não é verdade. A compressão é parte essencial do exame e não gera prejuízos”, garante.

Complementação com outros exames

Embora a mamografia seja o padrão-ouro, em casos inconclusivos, classificados como B-RADS zero, pode haver a necessidade de exames complementares, como ultrassonografia mamária, ressonância magnética ou tomossíntese.

Além do rastreamento, hábitos saudáveis são determinantes. A mastologista da Cliniimagem, Beatriz Althoff alerta que a obesidade, principalmente em mulheres após a menopausa, aumenta em até 300 vezes o risco de câncer de mama. “Atividade física, alimentação equilibrada, manutenção de peso e consumo mínimo de bebidas alcoólicas são medidas fundamentais”, orienta.

Apoio faz diferença

O suporte familiar é outro fator essencial. “Muitas vezes, as filhas levam as mães à consulta para realizar os exames anuais. Durante o tratamento, a paciente costuma estar vulnerável e nem sempre consegue absorver todas as informações. Ter alguém por perto faz toda a diferença”, acrescenta.

Apesar dos avanços, a cobertura mamográfica no Brasil ainda é baixa, o que contribui para diagnósticos tardios. Por isso, o Outubro Rosa convida para que as mulheres criem o hábito de realizar exames anuais e cuidem da saúde ao longo da vida. “Precisamos encorajar as mulheres a fazerem a mamografia. O exame é rápido, suportável e salva vidas”, conclui Beatriz.

 

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